Jaguar
Fernando Santos Cunha
Livre da selva que trazes
Na garra
O pavor da terra no peito
As canções de guerra
Nos olhos, chamas audazes
Qndo convulso tu bramas
Nas selvas, bravo
Possante
E o Sol te arranca ofuscante
Do olhar punhados de flamas
Qndo na raiva sem termos
Povoas rugindo forte
Com um poema de morte
Acalma mudes dos ermos
Lembras meu coração
Livre qual tu, qual tu forte
Freme, palpita sem norte
De meu peito na solidão
Jaguar, ida a raiva e a dor
Chora e canta a saudade
A eterna harmonia o amor
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