Recordando
Francisco Alves
Oh que saudade!
Espinho do recanto
Que fica além do
Poeta e do sertão!
Ao recordá-lo como
Que o meu pranto
Me afaga em
Lágrimas o coração
Foi lá que a infância
Doce e descuidada!
Criou meus sonhos
De infinita essência!
Então, eu ria, como
A luz doirada
Que tinge a aurora
Matinal fulgência
Hoje, há sonhos desmentidos
Tenho não'alma solidão
Noite, mágoas, gemidos
Remorsos no dorido coração!
Infeliz no sonho meu
Desgraçado em meu amor!
Ao passado que morreu
Vai se juntar o meu
Porvir de dor
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