Corrente do Samba
Francesco Pollola
O samba puxa o outro em cadeia
Como uma corrente que não pode arrebentar
A história que nos deixam os sambistas
Não pode morrer, não pode cessar
A fonte que desagua no oceano
Não pode ter fim, precisa renovar
A safra que vem carece de rega
Nunca vi semente sem água germinar
Não deixe o samba morrer, na favela ou no asfalto
O samba de partido alto, de roda ou samba-canção
Se me ver chorar, não pense em desalinho
É só mais um samba tocado nas cordas de um cavaquinho
Não deixe o samba perder todo seu potencial
O samba de candeia, aniceto e mestre marçal
Tantinho sempre dizia, foi mangueira quem chegou
Não podemos esquecer Paulo da portela, nosso professor
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