Capital
Lorenzzo Tomás
Sorte em ter onde ficar
Já me aquece tanto
Só de lembrar do que fui
Que já faz de minha dor
Não há esquina que vá me parar
Não há metade entre o completo
Não há fuga desse concreto
Sorte em ter onde amar
Que me esconde calafrio
Facilmente me corrompo
Quando olho para trás
Sou produto mercantil
Não que eu queira isso ser
Mas eu sei que vão fugir
Das entranhas desse estado
Na cidade onde cresço
A capital do passado
Não há esquina que vá me parar
Não há metade entre o completo
Não há fuga desse concreto
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